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2. Processos mentais básicos



            De acordo com os estudos mencionados acima, há três processos mentais básicos que são

            fundamentais para a aprendizagem da Matemática: representar, raciocinar e abstrair.



            Representar. Constitui uma competência matemática básica. Num primeiro momento, a
            representação é mental. Por exemplo, ao ouvir a história dos Três Porquinhos, a criança de-
            senha três   guras, traços, cabecinhas, círculos ou marca pauzinhos. Usa os dedos para dizer

            a idade. Mais tarde, aprende outras formas de representar, como, por exemplo, usando fór-
            mulas e símbolos (2 + 3 = 5), 1º, 2º, 3º ou A > B < C. Representar signi  ca compreender e usar

            a linguagem matemática, e isso se faz de maneira progressiva. Quanto mais rápido o aluno
            entender   uma   forma   de  r epresentação   simbólica,   que   dispensa  o  uso  de   palavras

             (3 + 4 = 4 + 3), mais rapidamente ele é capaz de abstrair e avançar. Quanto mais contextua-
            lizada, mais lenta é a aprendizagem.



            Raciocinar.  Signi  ca desenvolver a capacidade de pensar matematicamente e de usar
            habilidades de metacognição, isto é, de controlar o próprio processo de pensar. Os “problemas”

            da Matemática são os instrumentos para desenvolver o raciocínio e a metacognição. Por
            exemplo: “Maria percorreu 3 km. Quanto falta para ela completar o percurso de 10 km?” Antes

            de resolver o problema, a criança precisa entender que terá de fazer uma operação de subtrair
            (o total do percurso MENOS o que ela já caminhou). Este é um exemplo de metacognição.

            Em problemas mais complexos, que exigem vários passos, ou que abordam situações menos
            familiares, é muito e  caz ensinar ao aluno como explicitar decisões “metacognitivas” sobre o

            tipo de problema e os passos ou tipos de operação/algoritmo a serem usados. Outra forma
            e  caz é inventar histórias para problemas abstratos. Por exemplo: invente uma história para
            2 + 3 = 5. Ou crie um problema que dê a seguinte resposta: 5 e ¾. Ao inventar essas histórias,

            a criança é forçada a expandir sua capacidade de abstração, de entender os princípios e a
            lógica que está por trás das operações.



              Os problemas de Matemática podem ser apresentados de duas formas:
                  › Simbólica: 2 + 3 = ?
                  › Verbal: Maria tinha 2 lápis e ganhou 3. Quantos lápis ela tem agora?






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