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►    Facilidade de uso.  Os materiais são de alta qualidade, tanto no que diz respeito ao conteúdo como à
                forma. São bonitos, atraentes, desafiantes e fáceis de usar. Os manuais do professor fornecem toda a infor-
                mação e orientação para que se possa tirar o maior proveito das aulas.
            ►     Aprender a ensinar e a aprender. Os materiais são elaborados de forma a ajudar o professor a ensinar
                e os alunos a estudar.  As aulas são organizadas a partir de uma estrutura didática previsível que facilita a
                aprendizagem e a revisão do que foi estudado. Dadas suas características, os livros desta Coleção consti-
                tuem um excelente complemento ao ensino da Língua Portuguesa, especialmente no que diz respeito ao
                desenvolvimento de vocabulário e de competências que facilitam a compreensão de textos informativos e
                científicos.
            ►   Apoio ao professor. O professor recebe capacitação, manuais e participa de reuniões de planejamento, nas
                quais pode tirar suas dúvidas e compartilhar suas experiências com os colegas e com um professor especia-
                lista.



            FUNDAMENTOS

            Ao longo do século XX, o ensino de Ciências passou por três grandes alterações.  Até a década de 1960, predo-
            minou a ênfase no ensino de conteúdos. O aluno deveria aprender uma série de fatos científicos, memorizá-los
            e repeti-los em situações de provas e exames.  A partir da década de 1960, predominou o modelo do ensino
            de Ciências como processo. No Brasil, foi muito influente o trabalho da Fundação Brasileira para o Desenvol-
            vimento e Ensino de Ciências (Funbec) na difusão dos programas e materiais de ensino com essa concepção,
            desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos. Embora esses materiais fossem voltados especificamente
            para o ensino médio, indiretamente influenciaram a concepção e a produção de livros didáticos para as séries
            iniciais. Essa abordagem também esteve fortemente associada com o uso de laboratórios e com a ênfase cres-
            cente em contextualização do ensino. A ideia predominante era a de que o ensino de Ciências deveria repro-
            duzir os modos de produção científica.  Associadas a essa ideia, encontram-se as várias propostas de orientação
            construtivista. Ao longo dessas décadas, foram desenvolvidos inúmeros estudos sobre a eficácia dos diferentes
            métodos e abordagens do ensino das Ciências.


            Na década de 1990 e na primeira década do século XXI, o ensino de Ciências tornou-se alvo de novas preocupa-
            ções, tendo em vista as novas necessidades da sociedade e do mundo produtivo. Também foram desenvolvidas
            comparações internacionais sobre a aprendizagem de Ciências no contexto do Programa Internacional de Ava-
            liação de Alunos (PISA). Isso tem levado a uma reflexão sobre a qualidade do ensino de Ciências. Essa reflexão se
            apoia, de modo especial, no desenvolvimento e contribuições da psicologia cognitiva e das neurociências. De
            maneira simplificada, esses estudos, mencionados na bibliografia que se encontra ao final do presente Manual,
            sugerem a necessidade de uma revisão na pedagogia do ensino de Ciências.


            Ainda que os métodos associados à inspiração construtivista − tais como projetos, laboratórios, ensino por
            temas, multidisciplinaridade − possam ser mais atrativos, à primeira vista, do que a educação denominada
            “tradicional”, a evidência empírica comprova suas limitações, conforme conclusões de Kirshner, Sweller e Clark
            (2006), apoiadas em ampla revisão da literatura científica a respeito do tema:


             CIências – Manual de Orientação                                                              7
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